A história da tecnologia é cheia de previsões que, olhando hoje, parecem absurdas. Quando uma inovação surge, é natural que existam dúvidas, medos e até descrença. E o telefone — tanto o fixo quanto, muitos anos depois, o smartphone — não escapou desse ceticismo.
Quando falar à distância parecia absurdo
Em 1876, Alexander Graham Bell patenteou o telefone. Na época, a ideia de que as pessoas poderiam conversar à distância parecia coisa de ficção científica. Muitos achavam que essa invenção jamais substituiria formas tradicionais de comunicação, como cartas e telegramas.
Logo após sua invenção, o presidente da Western Union, uma das maiores empresas de comunicação da época, afirmou:
“O telefone tem muitas deficiências para ser seriamente considerado como meio de comunicação. O aparelho não tem nenhum valor para nós.”
Essa previsão se tornou uma das maiores gafes da história corporativa. A própria Western Union recusou comprar a patente do telefone, que mais tarde se mostrou uma das inovações mais revolucionárias da humanidade.
O medo de que ninguém quisesse um telefone
Outra preocupação era que os telefones não teriam utilidade prática. Afinal, para que ele funcionasse, era necessário que outras pessoas também tivessem o aparelho. Sem uma rede de usuários, seria só uma invenção cara e inútil. Houve quem dissesse que seria impossível instalar linhas telefônicas em larga escala ou que as pessoas prefeririam continuar se comunicando por carta.
Naturalmente, essa visão foi completamente superada com o tempo. O telefone se popularizou, transformou os negócios, as relações pessoais e até o funcionamento das cidades.
Quando os smartphones também foram subestimados
Se o telefone fixo enfrentou resistência, os smartphones, mais de um século depois, passaram por algo parecido.
Em 2007, quando Steve Jobs apresentou o primeiro iPhone, muitos especialistas e executivos de grandes empresas duvidaram do sucesso daquele aparelho. A combinação de telefone, música, internet e aplicativos parecia estranha para muita gente.
O então CEO da Microsoft, Steve Ballmer, riu publicamente da ideia, afirmando:
“Não há chance de o iPhone ganhar uma fatia significativa do mercado. Sem teclado, não serve para negócios.”
Hoje, sabemos que o smartphone não só ganhou espaço como se tornou praticamente indispensável. Ele deixou de ser apenas um telefone e se transformou em câmera, carteira, banco, GPS, agenda, plataforma de trabalho, entretenimento e muito mais.
A história do telefone, desde sua invenção até a era dos smartphones, nos mostra como é fácil subestimar o impacto de novas tecnologias. Muitas vezes, as maiores inovações parecem inúteis ou exageradas no começo. Mas o tempo se encarrega de mostrar que o futuro nem sempre obedece às previsões.
Por isso, da próxima vez que você ouvir alguém dizendo que uma nova tecnologia "não vai dar certo", lembre-se: foi assim que falaram do telefone e do smartphone também.